Madrid

Madrid é a capital de Espanha e a maior cidade do país, no entanto, é muito fácil visitar o seu centro histórico a pé.
Dada a proximidade e fáceis acessos ao aeroporto, é um dos destinos perfeitos para umas mini-férias, ou um fim de semana prolongado, principalmente com um grupo de amigos. Foi esse o meu caso.

Primeiro dia

Como chegámos ao final da tarde, só tivemos tempos de deixar as malas no apartamento e seguimos logo para o restaurante El Respiro na zona da Chueca na Calle de las Infantas.
Neste restaurante, que está sempre a abarrotar de gente, não se pede comida, mas sim bebidas. À medida que se vão pedindo as bebidas, eles vão oferecendo diferentes tipos de tapas. Como eramos um grupo grande, cada um pagava uma rodada de bebidas e conseguimos jantar gastando muito pouco.

Segundo dia

O segundo dia foi reservado inteiramente ao Parque Warner, um dos melhores parques temáticos de Espanha com as suas imensas montanhas russas e muita adrenalina.

O parque situa-se em San Martín de la Vega, a 25km de Madrid. Para lá chegar apanhámos o comboio em Atocha, mas depois tenho a ideia que tivemos de apanhar outro comboio.
Como fomos no Outono, o Parque estava meio vazio e não apanhámos quase filas nenhumas. No entanto, a desvantagem de se ir nessa altura, é que existem vários divertimentos com água e com o frio não davam tanta vontade de experimentar.

No ano seguinte, voltámos a Madrid e em vez de irmos ao Parque Warner, opámos por ir ao Parque de Atracciones de Madrid, que além de ser igualmente interessante, fica bastante mais próximo da cidade.

Terceiro dia

O terceiro dia foi inteiramente dedicado a visitar a cidade de Madrid. Como 2 das pessoas que estavam connosco residiam em Madrid há um ano, conheciam todos os cantos da cidade, o que acabou por ser bastante útil.

De manhã começámos pela Gran Via e entrámos na H&M mais fantástica que alguma vez vi. Antes de se transformar em loja era um teatro.

Loja H&M em Madrid

Depois de visitarmos a loja seguimos para a Plaza del Callao, onde se encontra o El Corte Inglês. Entrámos e subimos ao último andar onde se encontra um café com uma vista panorâmica fantástica sobre a cidade de Madrid.

Seguimos então pela Calle Preciados em direção à Puerta del Sol, uma praça central de Madrid bastante movimentada e onde se encontra o símbolo da cidade de Madrid, uma estátua de bronze com um urso: “El Oso Madroño”. Madrid é conhecida como a "vila do urso e do medronheiro", e por isso esta estátua é bastante simbólica e importante.

Ainda nesta praça é possível ver no chão a indicação do Km 0 das estradas nacionais de Espanha e que fica em frente à Casa do Relógio.

La Puerta del Sol

Entretanto continuamos pela Calle Arenal em direção ao Palácio Real e no caminho passámos pela Librería San Ginés, uma livraria histórica do séc. XIX que vende maioritariamente livros em segunda mão.

Ao lado desta livraria encontra-se a Igreja de San Ginés, uma das igrejas mais antigas de Madrid e mesmo por trás a famosa Chocolateria San Ginés famosa pelos churros com chocolate. O cheirinho a chocolate e a fila de pessoas à porta, não a deixam passar despercebida.

Depois de um chocolate quente e uns churros, continuámos a percorrer a Calle Arenal e no caminho passámos pela Plazza Isabel II, onde se encontra o Museu da Ópera.
Mesmo por trás encontra-se a Plaza de Oriente e o Palácio Real.

A fila para entrar no Palácio era enorme, por isso decidimos deixar para o dia seguinte e optámos por ir em direção ao Templo de Debod, passando primeiro pelos jardins públicos do Palácio e pela Plazza de España.

O Templo de Debod, é um dos poucos testemunhos arquitetónicos núbio-egípcios completos que podem ser contemplados fora do Egipto. Foi construído no sec. IV a.C. para reverenciar o deus Amun e até há algumas décadas atrás situava-se no Egipto. Inicialmente as suas paredes tinham ilustrações mostrando o rei Adijalamani como um faraó do egípcio doando oferendas aos deuses, mas a maioria das pinturas desapareceu completamente quando o templo ficou submerso no rio de Assuão.

Mais tarde, o templo foi doado a Espanha pelo Estado Egípcio, em agradecimento pela ajuda prestada no salvamento dos templos de Abu Simbel. Foi assim transferido pedra por pedra até Espanha.
O templo foi exposto a um complicado trabalho de reconstrução e restauração, o que implicou a instalação no seu interior de ar condicionado quente para criar uma atmosfera seca que se aproximasse do clima de Núbia. Para representar o rio que o templo tinha nas suas proximidades, construiu-se um tanque de pouca profundidade e que se estende ao longo dos três portais de acesso ao templo.

No regresso, passámos novamente em frente ao Palácio e entrámos na Catedral de Almudena que se encontra mesmo ao lado e que foi construída sobre a antiga muralha árabe que rodeava Madrid.

A Catedral de Almudena (Catedral de Sta Maria a Real de la Almudena) é a sede episcopal da diocese de Madrid. Tem 102 metros de comprimento e 73 de altura e foi a primeira Catedral espanhola a ser consagrada pelo Papa João Paulo II. Vale a pena entrar e apreciar a sua beleza, principalmente o teto e o órgão de tubos.

A partir da catedral, descemos por uma pequena rua (ainda pertencente à Calle Mayor) até ao Parque del Emir Mohamed I onde é possível ver vestígios da Muralha Árabe, que foi construída no sec. IX. Nessa altura Madrid chamava-se Mayrit (terra rica em água). Mais tarde o Palácio Real e a Catedral de Almudena foram construídos sobre uma grande parte desta muralha.

Contornámos as ruínas e regressámos à Calle Bailén, a mesma rua do Palácio e da Catedral de Almudena. Continuámos para sul e passámos pelo Viaducto de Segovia, com 23m de altura e que é popularmente conhecido como el puente de los suicidas.
Alguns quarteirões depois chegámos à Basílica de Francisco el Grande, uma Catedral Real construída na segunda metade do século XVIII em estilo neoclássico. Destaca-se pela sua cúpula e é considerada uma das maiores das igrejas Cristãs.

Aqui perto, apanhámos o metro para o Paseo de la Castellana onde se localiza o famoso complexo Four Towers Business Area também conhecido como CTBA. Este é um complexo financeiro onde se encontram os maiores arranha-céus da cidade e do país (Torre Espacio, Torre de Cristal, Torre Sacyr Vallehermoso e a Torre Caja Madrid), concluídas em 2008.

A avenida que liga este complexo à cidade é enorme e é aqui que se encontram os edifícios do ministério, algumas embaixadas, a Plazza de Castilla e o Estádio Santiago Barnabeu, pelo que decidimos regressar a pé.

Na Plazza de Castilla encontram-se as Torres Puerta de Europa ou KIO. São duas torres inclinadas uma contra com uma inclinação de 15° em relação à vertical e com uma altura de 114m (26 pisos).

Quatro Torres Business Area

Puerta de Europa

Continuámos a andar pela avenida e passámos pelo Estadio Santiago Bernabéu, com o carro do Cristiano Ronaldo parado em frente. Ainda ficámos à espera que ele aparecesse mas não o chegámos a ver. Continuámos mais um pouco e passámos pelas Torres Picasso e pelo BBVA.

Junto a estas torres decidimos parar a nossa caminhada e apanhar o Metro para o Passeo del Prado e visitar toda essa zona.
Visitámos o edifício CaixaForum Madrid, passámos pela Puerta de Alcalá, pela Plaza Cibeles (onde se encontra a Fonte de Cibeles), pela fonte de Neptuno e pelos jardins do Parque del Retiro.
O Parque del Retiro é um autêntico pulmão de Madrid e aloja a Real Academia Espanhola, o Estanque de las Campanillas, o Quiosque de la Música e o Palácio de Cristal (antiga estufa de plantas exóticas da rainha).

No final do dia fomos comer uma tostadas deliciosas na Taberna La Aguja na Calle del Ave Maria e depois fomos ao Pepe Botella famoso pelos seus Mojitos.

Estátua do Afonso VII

Palácio de Cristal

Quarto dia

No dia seguinte voltámos ao Palácio Real de Madrid, também denominado de Palácio do Oriente. Como fomos mais cedo do que na véspera, não apanhámos filas para entrar.
O palácio é a residência oficial do Rei de Espanha e como tal só determinadas áreas do Palácio e do Jardim estão abertas ao público. A visita foi muito rápida e sinceramente não achei mesmo nada de especial.

Depois da visita ao Palácio, fomos ao Museo del Prado e à San Jerónimo el Real, uma igreja lindíssima.

Para além de todos estes locais referidos em cima ainda passámos por diversos outros locais emblemáticas como: Plaza Mayor, Calle de Alcalá (uma das principais ruas de Madrid e que começa na Puerta del Sol), Bairro da Chueca, etc.