Gran Canária

Quando chegou a altura de decidir sobre as férias de verão, começou a nossa grande dúvida, voltar à ilha de Palma de Maiorca, onde já fomos 2 anos seguidos, ou explorar outra ilha. De todas as informações que recolhemos sobre algumas ilhas do Atlântico e Mediterrâneo, a que nos chamou mais a atenção, principalmente pelos preços, foi a Gran Canária.

Esta ilha encontra-se no oceano Atlântico, a cerca de 210 km da costa africana e é a terceira maior ilha do arquipélago das Canárias. Tem como ilhas vizinhas Fuerteventura e Tenerife.

Sendo uma ilha vulcânica a maioria das praias são de areia vulcânica ou artificial. Como gostamos de areia dourada e de praias naturais decidimos ficar na praia dos Ingleses em Maspalomas, onde não falta areia dourada proveniente do deserto do Saara e que aqui chega por causa do vento e das marés.

Num dos dias, decidimos alugar um carro e percorrer a ilha junto ao mar. É sobre esse dia que vos quero falar.

Gran Canária - volta à ilha
Gran Canária – volta à ilha

Começámos bem cedo o dia e seguimos para o Farol de Maspalomas, construído em 1861 e que é um ícone da Gran Canária. Aqui conseguimos bem ter a noção da dimensão das dunas de Maspalomas.

Depois seguimos para Puerto Rico, uma das estâncias mais familiares da Gran Canária e que se situa na boca de um vale na costa sul da ilha. Outrora foi um pequeno porto piscatório, mas hoje possui imensos restaurantes e uma paisagem natural muito bonita. Mesmo ao lado encontra-se a Playa Amadores, uma praia artificial muito mais calma e recatada do que Puerto Rico.

Tanto Porto Rico como a Praia dos Amadores possuem um clima muito bom e sol durante praticamente todo o ano. Estão por isso entre os locais com melhor clima em toda a Europa.

Continuámos pela mesma estrada em direção a Puerto de Mogán, considerado a Veneza Canária, com casinhas brancas e flores multicoloridas. Todas as sextas-feiras de manhã realiza-se aqui o grande mercado junto ao cais dos pescadores. Como era sexta-feira conseguimos usufruir do mesmo. Gostámos tanto desta vila piscatória que optámos por almoçar por aqui.

Depois de almoçarmos continuámos em direção a La Aldea de San Nicolás. Esta parte do percurso é bastante cansativa e a viagem é bastante longa (cerca de uma hora de carro). Ao longo do caminho começam a aparecer imensas estufas principalmente de tomates. Nesta aldeia aproveitámos para ver a praia local – Puerto de la Aldea, uma praia muito pequena e sem areia.

Voltámos à estrada e atravessámos o Parque Natural Tamadaba em direção a Agaete. Esta é uma estrada cheia de precipícios e curvas e que exige bastante calma, no entanto as vistas são únicas. O melhor local para parar e tirar umas fotos é no Mirador el Balcón e que fica relativamente perto da aldeia de San Nicolás.

Em Agaete vale a pena entrar no Puerto de las Nieves, com a sua praia de areia negra. Segundo li este é um excelente lugar para comer uns petiscos, provar as papas arrugadas, uns churros ou croquetes de peixe.

Daqui seguimos para Firgas, uma cidade muito bonita com uma zona histórica muita rica. Em Firgas encontra-se a igreja Paroquial de San Roque, construída em 1502 sobre as ruínas de uma capela e a Praça de San Roque, onde se encontra um monumento em honra de San Juan de Ortega, o santo padroeiro de Firgas.

A obra mais bonita de Firgas encontra-se no Paseo de Canarias localizado no centro da cidade. Esta é uma área pedonal com uma inclinação natural, com uma belíssima cascata de 30 metros e uma fonte que representa a riqueza tradicional dos recursos hídricos da região. De um lado do Paseo de Canarias encontram-se 22 escudos heráldicos que representam todos os municípios de Gran Canária, incluindo o escudo da ilha. Esculpido no chão do Paseo encontram-se representações das sete Ilhas Canárias com seus respetivos escudos heráldicos, o número de pessoas que habita cada uma e uma paisagem típica de cada ilha.

Aproveitámos para petiscar aqui numa tasquinha mesmo ao lado do Paseo de Canarias.

Regressámos à estrada e seguimos para Arucas, com um centro histórico declarado local de interesse histórico-artístico. A Igreja Paroquial de San Juan Bautista é o principal monumento, construído em 1909 por mestre pedreiros locais. Encontra-se na Plaza de San Juan de onde também é possível ver o edifício neo-clássico inacabado do Teatro Nuevo.
Na Plaza de la Constitucion encontram-se duas grandes obras arquitetónicas, a Câmara e o Mercado Municipal.

Uma característica notável de Arucas é o Museu e fábrica de Rum, fundada em 1884 e que pode ser visitado em qualquer época do ano.

Depois de deixarmos a cidade de Arucas seguimos para Las Palmas, onde jantámos e aproveitámos para visitar um pouco a cidade. Pela quantidade de coisas que há para ver e fazer em Las Palmas, esta cidade merece uma visita de dia inteiro.

O regresso a casa foi feito pela estrada do Sul, passando pelo aeroporto de Las Palmas.